miércoles, 5 de junio de 2013

O Instituto Chico Mendes começa 2013 com uma grande iniciativa.

Os visitantes que quiserem conhecer as principais trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, unidade de conservação sob sua gestão localizada em Goiás, não terão mais a obrigatoriedade de se fazerem acompanhar por um condutor de visitantes.

Com a opção de trilha autoguiada (em que o visitante desvenda a trilha sozinho), a contratação de guias passa a ser opcional. «A decisão pela não obrigatoriedade de guias é fruto de um longo processo de discussão com a comunidade local e com os grupos interessados em visitar o parque. Acreditamos que todo o incremento já ocorrido na Vila de São Jorge, como os serviços de pousadas, bares e restaurantes, absorverá parte da mão-de-obra dos guias (cerca de 130). Outra parte continuará trabalhando no segmento», explica o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Pedro de Castro da Cunha e Menezes.

O Instituto continuará incentivando a contratação dos condutores de visitantes, tendo em vista que eles agregam valor à visita e prestam serviços valiosos aos visitantes, ajudando-os a melhor compreender a história humana e natural dos parques e reservas, como no Parna da Chapada dos veadeiros/GO. «O trabalho dos condutores de visitantes é e sempre será bem vindo nas unidades de conservação federais», frisa Cunha e Menezes.

A iniciativa integra um conjunto de medidas que visam a aprimorar a gestão do ecoturismo e proporcionar novas e melhores experiências para os visitantes no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Além da abertura das trilhas de forma autoguiada, está previsto um pacote de medidas estruturantes durante o ano.

No curto prazo (até março/abril) será criada um travessia de dois dias ligando a vila de São Jorge ao Morro do Buracão. Outros novos atrativos a serem criados no médio prazo são uma travessia ligando São Jorge a Cavalcante e pelo menos mais duas trilhas de curta duração (2 a 3 horas), além de melhorias nas áreas de camping e oferta da atividade de canionismo.

A expectativa é de que os investimentos realizados no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que Integra o Projeto Parques da Copa, cheguem a mais de R$ 4 milhões, o que possibilitará o recebimento de mais visitantes com a consequente geração de emprego e renda advindas das novas oportunidades econômicas relacionadas ao ecoturismo para a região. O parque recebe hoje cerca de 20 mil visitantes por ano, e a expectativa é no mínimo dobrar esse número ainda em 2013, aumentando assim a procura por pousadas e a demanda por restaurantes, transportes e outros serviços de apoio a visitação.

“Um visitante não é igual ao outro, e estas diferenças precisam ser respeitadas. Nossa preocupação, nesse sentido, tem sido oferecer nos parques nacionais um leque cada vez mais variado de opções de contato com a natureza que atendam aos diversos perfis de visitantes, que vão de grupos escolares, a familiares, passando pelo público mais especializado, como é o caso de escaladores, montanhistas e observadores de aves”, destaca Sônia Kinker, Coordenadora-Geral de Uso Público e Visitação do ICMBio.

Um pouco da história

A obrigatoriedade na contratação de condutores para os passeios no parque foi estabelecida em 1991 como estratégia para ordenar a visitação no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e criar uma alternativa econômica para os garimpeiros que atuavam na área, então inexistente.

«Hoje, o desenvolvimento do turismo na região, já criou outras alternativas de renda como hotéis e restaurantes. Está na hora de darmos o próximo passo. Aumentar as opções de visitação fará com que a procura pela Chapada dos Veadeiros aumente. Mais visitantes significará mais oportunidades de emprego e renda. Queremos dessa forma dar continuidade ao ciclo virtuoso estabelecido entre visitação e conservação ambiental. Estamos seguindo o modelo adotado com sucesso em parques argentinos, sul-africanos e chilenos, onde as unidades de conservação oferecem ampla oportunidade de visitação e servem de esteio econômico para as comunidades do entorno», frisa o diretor Pedro Cunha e Menezes.


Fotografia de Miguel Lebres Freitas 



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